A Paraíba



A Paraíba surpreende por singularidades que encantam os seus visitantes. É aqui, por exemplo, onde fica o ponto extremo oriental das Américas – a Ponta do Seixas, a poucos metros do Cabo Branco. A capital do estado, João Pessoa, é considerada uma das cidades mais arborizadas do planeta e, por ter recebido distinção da coroa portuguesa já na data da sua fundação, em 1585, guarda o título de terceira cidade mais antiga do Brasil. Outras cidades importantes são Campina Grande, Santa Rita, Guarabira, Patos, Sousa, Cajazeiras e Cabedelo.

O estado oferece aos seus visitantes uma infinidade de roteiros, que vão das belas praias do litoral, passando pelos encantos das cidades históricas e pelos canaviais e chegando aos mistérios do sertão.

Além da diversidade de cenários, a Paraíba oferece diversão através do Maior São João do Mundo, realizado em Campina Grande, e das prévias carnavalescas em João Pessoa, que contam com ‘As Muriçocas do Miramar’, segundo maior bloco de arraste do mundo.

As paisagens paraibanas são fantásticas, com praias de águas mornas e cristalinas. Quem for ao estado não pode deixar de visitar a praia de Tambaba, onde a prática do naturismo é oficializada, o Extremo Oriental das Américas, na Ponta do Seixas, o Pôr-do-Sol na Praia Fluvial do Jacaré ao som do Bolero de Ravel, além dos sítios e monumentos históricos espalhados pelo estado.

O litoral paraibano conta com falésias, dunas, estuários, restingas, manguezais, remanescentes de Mata Atlântica e belíssimas praias. Já o interior oferece aos visitantes rupestres, rastros de dinossauros, cachoeiras e antigos engenhos de cana-de-açúcar.

Fonte: PBTUR

A História



Devido ao desinteresse lusitano, piratas e corsários começaram a extrair o pau-brasil, madeira muito encontrada no Brasil-colônia. Esses invasores eram, em sua maioria, franceses, e logo que chegaram no Brasil fizeram amizades com os índios, possibilitando entre eles uma relação comercial conhecida como "escambo", na qual o trabalho indígena era trocado por alguma manufatura sem valor.

Com o objetivo de povoá-la, a colônia portuguesa foi dividida em quinze capitanias, para doze donatários. Entre elas destacam-se a capitania de Itamaracá, a qual se estendia do rio Santa Cruz até a Baía da Traição. Em 1574 aconteceu um incidente conhecido como "Tragédia de Tracunhaém", no qual índios mataram todos os moradores de um engenho chamado Tracunhaém, em Pernambuco. Esse episódio ocorreu devido ao rapto e posterior desaparecimento de uma índia, filha do cacique potiguar nesse engenho. Após esta tragédia, D. João III, rei de Portugal, desmembrou Itamaracá, dando formação à capitania do Rio Paraíba.

Quando o governador-geral D. Luís de Brito recebeu a ordem para separar Itamaracá, recebeu também do rei de Portugal a ordem de punir os índios responsáveis pelo massacre, expulsar os franceses e fundar uma cidade. Assim começaram as cinco expedições para a conquista da Paraíba. Para isso o rei D. Sebastião mandou primeiramente o ouvidor-geral D. Fernão da Silva.

A primeira expedição aconteceu em 1574, cujo comandante foi o ouvidor-geral D. Fernão da Silva. Ao chegar no Brasil, Fernão tomou posse das terras em nome do rei sem que houvesse nenhuma resistência, mas isso foi apenas uma armadilha. Sua tropa foi surpreendida por indígenas e teve que recuar para Pernambuco.

A segunda expedição ocorreu em 1575 e foi comandada pelo governador-geral, D. Luís de Brito. Sua expedição foi prejudicada por ventos desfavoráveis e eles nem chegaram sequer às terras paraibanas. Três anos depois outro governador-geral Lourenço Veiga, tenta conquistar o Rio Paraíba, não obtendo êxito.

A terceira aconteceu em 1579, ainda sob forte domínio "de fato" dos franceses, foi concedida, por dez anos, ao capitão Frutuoso Barbosa a capitania da Paraíba, desmembrada de Olinda. Essa ideia só lhe trouxe prejuízos, uma vez que quando estava vindo à Paraíba, caiu sobre sua frota uma forte tormenta e além de ter que recuar até Portugal, ele perdeu sua esposa. Em 1582, na quarta expedição, com a mesma proposta imposta por ele na expedição anterior, Frutuoso Barbosa volta decidido a conquistar a Paraíba, mas cai na armadilha dos índios e dos franceses. Barbosa desiste após perder um filho em combate.

Na quinta e última expedição, em 1584, após a sua chegada à Paraíba, Frutuoso Barbosa capturou cinco navios de traficantes franceses, solicitando mais tropas de Pernambuco e da Bahia para assegurar os interesses portugueses na região. Nesse mesmo ano, da Bahia vieram reforços através de uma esquadra comandada por Diogo Flores de Valdés, e de Pernambuco tropas sob o comando de D. Filipe de Moura. Conseguiram finalmente expulsar os franceses e conquistar a Paraíba. Após a conquista, eles construíram os fortes de São Tiago e São Filipe.

Para as jornadas, o ouvidor-geral Martim Leitão formou uma tropa constituída por brancos, índios, escravos e até religiosos. Quando aqui chegaram se depararam com índios que sem defesa, fogem e são aprisionados. Ao saber que eram índios tabajaras, Martim Leitão manda soltá-los, afirmando que sua luta era contra os potiguaras, rivais dos Tabajaras. Após o incidente, Leitão procurou formar uma aliança com os Tabajaras, que por temerem outra traição, rejeitaram-na.

Depois de um certo tempo, Leitão e sua tropa finalmente chegaram aos fortes (Forte de São Filipe/São Filipe e Santiago), ambos em decadência e miséria devido às intrigas entre espanhóis e portugueses. Com isso, Martim Leitão nomeou o espanhol conhecido como Francisco Castejón para o cargo de Frutuoso Barbosa. A troca só fez piorar a situação. Ao saber que Castejón havia abandonado, destruído o Forte e jogado toda a sua artilharia ao mar, Leitão o prendeu e o enviou de volta à Espanha.

Quando ninguém esperava, os portugueses unem-se aos Tabajaras, fazendo com que os potiguaras recuassem. Isto se deu no início de agosto de 1585. A conquista da Paraíba se deu ao final, através da união de um português e um chefe indígena chamado Pirajibe, palavra que significa "Braço de Peixe". A província tornou-se estado com a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889.

Fonte: PBTUR

A Economia



Segundo dados estatísticos do IBGE, a Paraíba tem uma população de 3.769.977 habitantes, ocupando atualmente o 5º lugar entre os estados nordestinos mais populosos. A densidade demográfica estadual é de 84,52 hab./km². A população é formada, em sua maioria, por pardos, somando 52,29%, seguido pelos brancos, com 42,59%; pelos negros, com 3,96%; pelos amarelos ou indígenas, com 0,36% e os sem declaração, com 0,79%.

A economia se baseia na agricultura, principalmente de cana-de-açúcar, abacaxi, fumo, graviola, juta, umbu, cajú, manga, acerola, mangaba, tamarindo, mandioca, milho, sorgo, urucum, pimenta-do-reino, castanha de caju, arroz, café e feijão; nas indústrias alimentícia, têxtil, de couro, de calçados, metalúrgica, sucroalcooleira; na pecuária, de modo mais relevante, caprinos, na região do Cariri; e no turismo. O PIB do estado, em 2007, foi de R$ 22.202.000.000,00 e o PIB per capita foi de R$ 6.097.

O transporte marítimo é fundamental à economia paraibana. As exportações e importações são operadas principalmente através do Porto de Cabedelo, sendo anunciado a construção, em breve, de um novo porto, que já está em estudo e que garantirá um aquecimento na economia do estado.

As cidades paraibanas que tem maior destaque no seu PIB, valores em R$ 1.000,00, são João Pessoa com 5.966.595, Campina Grande com 2.718.189, Cabedelo com 1.524.654, Santa Rita com 739.280, Bayeux com 444.259, Patos com 413.028, Sousa com 309.528, Caaporã com 299.857, Cajazeiras com 285.326 e Conde com 210.440.

Fonte:PBTUR